No Brasil, a cada 38 minutos, um homem morre devido ao câncer de próstata.
Chegamos ao Novembro Azul, um mês necessário de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças que afetam a saúde masculina, como o câncer de próstata, o tipo mais comum entre os homens. Sendo assim, destacaremos a seguir os tipos e aspectos de patologias oncológicas mais frequentes na comunidade masculina.
Câncer de próstata
Estima-se que existam 1,5 milhão de casos novos no mundo e, desses, 366 mil acabam falecendo. No Brasil, aparecem cerca de 72 mil novos casos por ano, e, a cada 38 minutos, um homem morre devido a esse tipo de câncer.
O câncer de próstata é mais comum após os 65 anos de idade. É importante destacar que a doença só apresenta sintomas, como dor óssea e dor ao urinar, quando está em estágio avançado. Por isso a necessidade de se realizar exames regularmente, conforme orientação médica.
Nos últimos anos, exames de imagem e rastreio do PSA (Antígeno Prostático Específico) no sangue proporcionaram mais eficiência no diagnóstico precoce dessa patologia. Conforme o valor do PSA, deverá ser realizada biópsia no paciente. O toque retal também pode ser feito como parte do rastreamento. Normalmente, quando o nível de PSA é 2,5 ng/ml ou superior, o exame deve ser repetido anualmente. Agora, quando é inferior a esse valor, o exame deve se repetir a cada dois anos.
Os principais fatores de risco são: idade, etnia, histórico familiar e genéticos. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos que apresentem fatores de risco, ou com 50 anos sem esses fatores, deverão procurar assistência médica para realizar os exames preventivos.
Identificado o câncer de próstata, seu tratamento poderá exigir radioterapia, retirada da próstata, bloqueio hormonal ou, para casos graves, retirada dos testículos. Se o paciente estiver com metástase, deverá ser realizada a quimioterapia.
Câncer de testículo
Atualmente, o câncer de testículo correspondente mundialmente a 1% dos tumores masculinos e 5% das malignidades urológicas. Apresenta índice baixo de mortalidade, e é facilmente curado quando detectado precocemente. Apesar de raro, há maior incidência nos homens em idade reprodutiva (entre 15 e 35 anos).
Na maior parte dos casos, o paciente apresenta sintomas como nódulo ou inchaço em um testículo, aumento ou dor testicular, dor difusa ou sensação de peso no abdômen, região perianal ou escroto. Vale lembrar que impotência e perda de libido também podem estar associadas, bem como alterações identificadas no testículo podem ser confundidas com inflamações comuns.
Os principais fatores de risco são: testículos não descidos, hipospadia (canal da urina em local diferente da ponta da cabeça do pênis) e histórico da doença em familiares.
No consultório, o exame físico é feito com palpação dos testículos, palpação abdominal e pesquisa de ginecomastia (aumento descontrolado das mamas). Após a suspeita, é solicitado ultrassom dos testículos para melhor avaliação. Se houver suspeita de metástase, é feita uma tomografia.
Os tratamentos do câncer de testículo incluem a orquiectomia radical (retirada do testículo e do cordão espermático) ou parcial, ou a linfadenectomia retroperitoneal (retirada dos gânglios linfáticos localizados na parte de trás do abdômen). Radioterapia e quimioterapia podem ser necessárias e, em todo o processo, é considerada a preservação da fertilidade.
Câncer de pênis
Considerado um tipo raro de câncer, com maior incidência em homens que têm 60 anos ou mais, o câncer de pênis é mais comum nas regiões Norte e Nordeste no Brasil, representando cerca de 2% de todos os tipos de câncer que atingem os homens.
Sua manifestação está relacionada à má higiene íntima, infecção pelo pipolmavírus humano (HPV), tabagismo, obesidade, presença de fimose e não circuncisão, que consiste na remoção do prepúcio (pele que reveste a glande, ou seja, a cabeça do pênis).
Em geral, apresenta-se como úlceras ou nódulos de crescimento progressivo e indolor. Muitos casos têm linfonodomegalia inguinal (aumento dos linfonodos da região da virilha, genitália externa, canal anal e membros inferiores) associada. A lesão pode apresentar mal aspecto e odor, bem como ser resistente ao tratamento local, evolutiva e, muitas vezes, exsudativa (presença de secreções). Pode ocorrer obstrução urinária.
Esse tipo de câncer pode ser identificado por meio de ressonância magnética. Entre seus tipos de tratamentos estão: cirurgia, quimioterapia tópica, laser e radioterapia, o que vai depender da gravidade do caso e, sempre que possível, preservando o órgão.
Após o tratamento dessas doenças, é imprescindível o acompanhamento médico para evitar seu retorno.
Compartilhe esse artigo!
Que possamos fazer parte de uma rede de apoio em prol da saúde.
Novembro azul, um compromisso com a vida masculina.
#novembroazul
*Equipe de Saúde/Comunicação Lancers