Segundo dados apresentados pelo Ministério da Saúde, as Hepatites A, B, C e D são as mais comuns no Brasil.
A hepatite, a segunda maior causa de morte entre as doenças infecciosas depois da tuberculose, tornou-se um grave problema de saúde pública tanto no Brasil quanto no mundo. Trata-se de uma infecção no fígado, que pode decorrer de alguma contaminação viral, ou por meio de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas, ou por resultado de uso abusivo de medicamentos e drogas. Em alguns casos, não apresenta sintomas, fazendo com que o diagnóstico da doença seja feito preferencialmente na fase inicial a fim de evitar sua progressão, e, até mesmo, a necessidade da realização de transplante do fígado. As hepatites virais são classificadas em A, B, C, D (Delta) e E.
Tipos de hepatites mais comuns no Brasil
“As hepatites virais podem aparecer com muitos disfarces, e seu diagnóstico pode se tornar difícil sem os exames de sangue. Entre seus sintomas mais comuns, estão: náuseas, vômitos, anorexia, febre, mal-estar, dor abdominal e fígado palpável.” – Informa Victor Bittencourt, médico e diretor técnico da Lancers.
As hepatites B e C afetam cerca de 325 milhões de pessoas no mundo, ocasionando aproximadamente 1,4 milhões de mortes por ano. No Brasil, as mais comuns são as A, B, C e D (essa última, mais frequente na região norte do país).
Segundo dados apresentados pelo Ministério da Saúde, as Hepatites A, B e C representam respectivamente cerca de 70%, 21,8% e 1,7% dos óbitos por hepatites virais.
Vale ressaltar que, em muitos casos, o paciente não apresenta sintomas, o que pode aumentar o risco da doença se tornar crônica, evoluir e causar danos graves no fígado. Por isso é profundamente importante realizar exames de rotina regularmente.
Com poucos casos existentes no Brasil atualmente, a hepatite E é transmitida via oral-fecal, assim como a hepatite A, e suas formas de prevenção são muito parecidas. Interessante destacar que esse tipo de hepatite pode afetar rebanhos suínos, o que reforça a importância da cautela no preparo de alimentos.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce evita que a doença evolua para cirrose ou câncer no fígado, e pode ser feito por testes rápidos ou exames laboratoriais.
Os testes rápidos para os tipos B e C estão disponíveis nos serviços públicos de saúde. Além disso, o teste de hepatite B também faz parte dos exames que devem ser feitos no pré-natal.
Prevenção
Há várias formas de prevenção contra as hepatites virais, entre elas:
- Lavar as mãos antes do preparo de alimentos, na troca de fraldas e após o uso do sanitário);
- Lavar com água tratada os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
- Antes de consumir alimentos, cozinhá-los bem, principalmente carnes de porco, mariscos, peixes e frutos do mar;
- Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
- Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou onde haja esgoto;
- Usar preservativos e higienizar as mãos, genitálias, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.
“Usar camisinha sempre e evitar qualquer tipo de contato com sangue de outras pessoas é uma das formas de prevenção contra as hepatites virais. Na presença dos sintomas relatados, o paciente deve procurar atendimento médico para evitar uma evolução ruim da doença. Além disso, é importante acompanhar o calendário vacinal e levar todas as crianças e adultos, que ainda não tenham recebido a dose, para se vacinarem. Normalmente, a infecção tem resolução espontânea entre 2 e 3 meses, mas deve ser bem acompanhada para evitar danos ao fígado e insuficiência hepática.” – Reforça Victor Bittencourt, médico e diretor técnico da Lancers.
Fonte: Ministério da Saúde