Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), entre 2023 e 2025, ocorrerão, a cada ano, cerca de 1.930 casos de câncer nessa faixa de idade.
A proliferação descontrolada de células anormais no organismo é a responsável por desenvolver o câncer infantojuvenil. Assim como em outros países, esse tipo de câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos no Brasil. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), de 2023 a 2025 ocorrerão, a cada ano, cerca de 1.930 casos de câncer nessa faixa de idade.
Tumores mais comuns
De acordo com o Ministério da Saúde, os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são os que afetam os glóbulos brancos (leucemias), o sistema nervoso central e o sistema linfático (linfomas).
As leucemias representam cerca de 25 a 34% de todas as neoplasias malignas, enquanto os tumores do sistema nervoso central representam de 17 a 22% e linfomas 12%.
Os sintomas mais recorrentes nesses tipos de tumores são:
- Febre, palidez, fadiga, dor nas pernas e articulações e outros (leucemia);
- Caroços duros e indolores no pescoço, virilha e axilas, febre, fadiga, perda de peso, falta de ar e outros (linfoma);
- Dor de cabeça, visão turva, vômitos, náuseas, problemas de equilíbrio, convulsões e outros (sistema nervoso central).
Há também a possibilidade de a criança ou jovem desenvolver tumor de células do sistema nervoso periférico (neuroblastoma), tumor renal (wilms), tumor na retina (retinoblastoma), tumor que afeta as células que originam os ovários e os testículos (germinativo), tumor ósseo (osteossarcoma) e tumores de partes moles (sarcomas).
Entre os tipos de leucemia mais comum, estão:
- Linfoblástica aguda – mais habitual em países desenvolvidos, e se desenvolve normalmente em meninos brancos. Está associada à exposição de radiação, Síndrome de Down e outras síndromes de imunodeficiência;
- Mieloide aguda – Está associada ao período neonatal, exposição à radiação, solvente orgânico e agentes quimioterápicos.
Em relação aos linfomas, podemos destacar o linfoma de hodkin, que é mais frequente em crianças menores de 14 anos, jovens e adultos acima de 55 anos. Associa-se à imunodeficiência e infecção por EBV (Vírus Epstein-Barr) e citomegalovírus. O linfoma não hodkin é comum em crianças (meninos), e está associado à imunodeficiência, doenças genéticas subjacentes, infecções e uso de drogas.
O tumor de wilms é a câncer renal mais frequente, e tem melhor prognóstico quando surge na infância, assim como o neuroblastoma. Está associado a diversas síndromes genéticas e retardo mental.
Tratamento
Nas últimas décadas, melhorias nas taxas de sobrevivência de leucemias, linfoma de hodkin e sarcomas foram notáveis graças às terapias multimodais e ao uso criterioso de produtos sanguíneos, citocinas e cuidados de suporte.
Hoje, estima-se que 80% de crianças e adolescentes com câncer possam ser curados se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.
Câncer é uma doença séria que não escolhe idade.
Neste dia especial, em que é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, lembre-se de cuidar de quem você ama.
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*Equipe de Saúde/Comunicação Lancers