Diante do aumento do índice de suicídio no Brasil, precisamos oferecer mais amor e compaixão ao próximo.
Criada em 2015 pelo Ministério da Saúde, a campanha do Setembro Amarelo tem como objetivo conscientizar a população brasileira sobre a importância do combate à depressão e prevenção ao suicídio. Um movimento extremamente necessário se considerarmos que o Brasil é o quarto país da América latina com maior número de pessoas depressivas, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).
De acordo ainda com a OMS, cerca de 700 mil pessoas do mundo morrem por ano devido ao suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes registradas. Apesar disso, entre 2000 e 2019, o índice de suicídio diminuiu 36% em quesito global, mas, referente às Américas, a taxa subiu 17% nesse período.
Para completar esse cenário, no ano de 2022, o número de suicídios no Brasil cresceu 11,8% em comparação a 2021, ou seja, foram 16.262 registros, uma média de 44 por dia, enquanto no ano anterior foram 14.475 registros, conforme levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Como podemos perceber, infelizmente, esses índices aumentam cada vez mais em nosso país.
A depressão pode decorrer de diversos fatores, como psicológicos, biológicos, sociais e culturais; entre seus principais sintomas estão choro frequente, tristeza profunda, baixa autoestima, distúrbio do sono, pensamentos negativos e outros.
Na maioria dos casos, quem convive com uma pessoa depressiva não sabe como ajudá-la, ou, quando tenta, acaba piorando a situação com conselhos vazios que agravam o quadro. Por isso, evite:
– Fazer comparações com sua própria vida – ao dizer que já passou por coisas piores e não se matou, bem como falar que têm pessoas com problemas mais sérios que o dela;
– Opinar – ao dizer que é falta de Deus, covardia ou que ela quer chamar a atenção;
– Frases de incentivo que não incentivam – dizer para que levante a cabeça, que pense positivo ou que a vida é boa não ajudará a pessoa.
Então, o que fazer para ajudar uma pessoa com depressão?
– Mostre para a pessoa que você está ali para ouvi-la e oferecer-lhe apoio;
– Incentive-a a procurar ajuda profissional para que inicie o tratamento adequado da doença. Se puder, disponha-se a acompanhá-la na consulta;
– Se apresentar pensamentos suicidas, não a deixe sozinha, e busque ajuda profissional de emergência. Nesse caso, é essencial também se assegurar de que não tenha acesso a meios para provocar a própria morte;
– Deixe à disposição o CVV (Centro de Valorização da Vida), instituto filantrópico que oferece apoio emocional e prevenção ao suicídio gratuitamente a todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por meio do telefone 188, e-mail ou chat;
– Estimule a prática de exercícios físicos, com caminhadas, natação e outros, além de buscar uma alimentação mais saudável;
– Esteja presente da vida dessa pessoa, mantendo contato com frequência caso não convivam na mesma residência. Mostre a ela que é amada e não está sozinha.
Lembre-se: pessoas com depressão querem ficar bem, mas não conseguem, principalmente em casos mais graves. O processo de cura vai depender do autocuidado, acompanhamento psicológico e apoio das pessoas que são importantes para ela. Conhece alguém que vive nessa situação? Com amor e compaixão, conseguiremos reduzir os índices de suicídio e, assim, encontrar esperança, saúde e um caminho em direção à recuperação.
Todos pela vida!
Para mais informações sobre o Centro de Valorização da Vida é só clicar aqui.